É lógico que precisamos tomar cuidado com o que estamos comendo, mas há outros fatores de importância que podem afetar o tamanho da sua cintura e o seu peso.
As diretrizes de dieta e boa forma mudam bastante conforme os anos vão passando, e por isso muitas vezes pode ser difícil saber o que seguir para ser bem sucedido. No entanto, o foco comum é sempre sobre o que estamos comendo. E se começarmos a prestar mais atenção a quando estamos comendo e isso fosse mais importante do que o conteúdo que estamos ingerindo?
Uma pesquisa recentemente publicada na Proceedings of the Nutrition Society fez uma importante e interessante distinção entre pessoas que lutam contra a balança e conseguem perder peso e aquelas que não conseguem.
De acordo com o estudo, pessoas que comeram em períodos irregulares do dia tinham maiores índices de obesidade e índices de massa corpórea (IMC), além de maiores medidas na cintura – isso tudo em comparação com as pessoas que se alimentavam entre intervalos regulares de tempo, que apresentaram menores medidas na cintura e IMC.
Mas não se trata apenas do peso
Além disso, o hábito de se alimentar irregularmente pode ser prejudicial também para a nossa saúde, aumentando o risco de diversas condições ligadas à saúde do coração e outras doenças.
Muito desse resultado se deve ao nosso relógio biológico ou ritmo circadiano, que se perde ao passo que nos alimentamos em intervalos irregulares.
A alimentação irregular ainda foi definida como “refeições feitas em quantidades diversas durante o dia e em horas diferentes de um dia para o outro”, segundo o estudo.
Grande parte dos participantes que se alimentavam irregularmente eram trabalhadores do turno da noite – e sofriam com os efeitos colaterais do mau hábito.
E não para por aí
E não é somente uma questão de o que e quando comemos que vai influenciar no nosso peso e na nossa saúde – pode-se tratar também de com quem.
Exatamente, o estudo ainda mostrou que a nossa companhia durante as refeições tem ligação também com o nosso peso.
“O próximo passo, depois de estudar o impacto do que e quando comer, é estudar onde comemos e com quem comemos.
“Uma análise recente mostrou que a frequência de refeições em família contribui para uma alimentação mais saudável entre as crianças e adolescentes, com associações positivas entre as refeições em família e o consumo de frutas e legumes, além de menor ingestão de produtos lácteos e de bebidas adoçadas com açúcar.”