Se ficar em forma e perder alguns quilinhos é o desejo de 9 entre 10 frequentadores de academias e centros de treinamento, poucos percebem quando o resultado acaba não sendo tão satisfatório assim devido a erros cometidos durante os exercícios. Com o auxílio do professor doutor em Educação Física Ricardo Martins de Souza e do treinador Bruno Scroccaro, esclarecemos nove desses enganos mais comuns para você otimizar a atividade física rumo aos seus objetivos.
1. Por conta própria
Criar séries por conta própria na musculação, sem ajuda ou acompanhamento de um profissional, além de errado pode trazer muitos problemas no futuro. A melhor dica é contar com a supervisão de um personal trainer formado em Educação Física.
2. (Falta de) alimentação
Segundo Bruno Scroccaro, um erro bem frequente é a falta de alimentação correta antes e após os treinos.
– Não adianta treinar em jejum, isso não faz bem à saúde. Além disso, é recomendável procurar um nutricionista para que se atinja os resultados esperados – aconselha o treinador.
Ele ainda recomenda que a alimentação antes do treino seja composta por carboidratos e proteínas, e nunca por gorduras. Uma boa opção é a tapioca, pois ela fornece energia instantânea para o treino.
3. Academia não é passarela
E também não é a São Paulo Fashion Week. A recomendação é sempre usar a roupa mais leve possível e, caso haja a possibilidade, com uma tecnologia em que o suor não incomode tanto.
– Muita roupa, como blusa e calça, não funciona na academia. Além disso, é sempre bom escolher um calçado adequado ao ambiente. Sapatênis e calçados mais sociais devem ser dispensados – ressalta Scroccaro.
4. Alongamento x Aquecimento
Fazer alongamento antes de qualquer atividade física não garante que você não irá se machucar.
– O efeito do alongamento é muito rápido, dura apenas alguns minutos. Ele ajuda a longo prazo, na flexibilidade – desmitifica Ricardo Martins de Souza.
O aquecimento, ao contrário, é essencial e protege durante a prática esportiva.
5. Tempo x intensidade
Séries longas de 50 minutos ou uma hora não garantem um resultado fabuloso no final. O professor Ricardo Martins de Souza explica que exercícios realizados entre 15 a 20 minutos, mas com intensidade, são mais eficientes para se atingir o objetivo.
– A questão não é quantas vezes ou quanto tempo eu faço, mas sim como aquela série me desafia. Não adianta ficar uma hora na academia e executar todos os exercícios de forma confortável. Por isso, uma ida de 20 minutos, mas com desafio e intensidade, é mais proveitosa – defende.
6. Evolução
Ir com muita sede ao pote também não adianta. É preciso ter um planejamento para que a intensidade do exercício vá aumentando progressivamente.
– Não adianta começar com uma intensidade muito alta, é melhor começar aos poucos – recomenda Scroccaro.
7. Desconforto faz parte
Outro erro comum é as pessoas dimunuírem a carga das atividades quando elas começam a “incomodar”. Dessa forma, não há desafio, não há trabalho do músculo, nem desconforto, o que significa que não haverá resultado.
8. Peso não é tudo
Nem sempre agregar cada vez mais peso nos exercícios de musculação fará com que você perca peso. Souza explica que é possível fazer uma série desafiadora e intensa com pouca carga. O fator primordial do sucesso é a qualidade da execução.
– Ficar olhando só para o peso é um grande equívoco. Quem levanta mais peso é apenas mais forte, não está perdendo mais peso. Olhe para as suas necessidades – aconselha Souza.
9. A dor não é obrigatória
É comum encontrar gente que diz que “quanto mais dor, melhor”, versão brasileira do lema “no pain, no gain”. As máximas são meias-verdades. O professor Souza diz que a dor muscular é esperada e chamada de “dor tardia”. Ela acontece no dia seguinte ao exercício e sempre some depois de alguns dias. Mas uma dor insistente, que não desaparece, e fora do músculo, como num tendão, precisa ser investigada. Outro mito é o de que todas as pessoas terão dor após o treinamento.
– Você pode continuar emagrecendo, fazendo exercício e não sentir dor – esclarece Souza.
via Revista Donna