Quando saiu na capa do “Diário Catarinense” em uma reportagem sobre qualidade de vida, Maria Florindo Vieira, 85 anos, usava uma velha prancha de windsurfe e um bambu como remo para atravessar o canal em direção à sua casa, no morro do Torquato, em Florianópolis.
Mas veio uma maré alta, e a prancha se foi. Sensibilizado com a história, contada no blog “De Olho nas Ruas” pelo fotojornalista Guto Kuerten, na semana passada o empresário Marcelo Robba decidiu doar para ela uma prancha de stand up paddle feita especialmente para iniciantes e que oferece estabilidade e segurança para travessias como a do canal da Barra da Lagoa.
“Agora vou poder atravessar o canal mais tranquila”, disse a catarinense, que, mesmo sem saber nadar, adaptou-se rapidamente ao novo equipamento. “Sei que ainda é tempo para aprender natação, mas não estou com paciência. Quem sabe um dia…”
Vovó Maria, como é conhecida na região, cultiva tradições, como a corrida de bateira (barco usado pelos pescadores), que organiza todos os anos, e saberes populares, como benzer e tecer renda de bilro. “Com mais de oito décadas de experiências e ensinamentos, [ela] se mantém ativa e atuante na comunidade. Desejamos que ela dê muitas remadas”, afirmou Marcelo.
Por QSocial com informações de Guto Kuerten, do “Diário Catarinense”
via Catraca livre